Notícias
NOME, filme de Sana Na N’hada, faz antestreia nacional no Indie Lisboa
Foi apresentado na mostra ACID de Cannes e esteve em destaque nos festivais de Roterdão, Luanda e Bordéus. Esta co-produção portuguesa chega agora a Portugal.
Nome é o quarto filme do realizador guineense Sana Na N’hada. Uma co-produção portuguesa que junta Luís Correia e a Lx Filmes (Portugal), a Spectre Productions (França), a Geba Films (Guinea-Bissau), a Geração 80 (Angola) e a The Dark (França).
O filme teve a sua primeira exibição no ACID de Cannes, em 2023, e foi o título que encerrou a mostra desse ano. Esteve também em destaque na secção Harbour do IFFR - International Film Festival Rotterdam 2024; no Festival International du Film Independant de Bordeaux 2023, onde venceu o Grande Prémio da Competição Internacional e menção especial para a actriz Binete Undonque; no Du Grain à Démoudre 2023, onde ganhou o Prémio de Melhor Longa-metragem; e no Luanda PAFF - Festival Internacional de Cinema Panafricano de Luanda 2023, onde venceu o Prémio de Melhor Filme, tendo sido também atribuído o Prémio de Melhor Realização e Prémio de Melhor Actriz para Binete Undonque.
Estreia-se em Portugal no Indie Lisboa, na secção Rizoma, com uma exibição na Cinemateca Portuguesa - Museu do Cinema dia 27 de Maio, às 19h00, na presença do realizador Sana Na N’hada, da actriz Binete Undonque, do músico Remna Schwarz, autor da banda sonora original, e
da restante equipa.
Nome estreou em França com largos elogios da crítica.
Em entrevista à RTP África, o realizador afirma:
«É revoltante. Tudo o que está a acontecer na Guiné-Bissau. Tudo, desde o fim da guerra até agora, bom ou mau, é da nossa responsabilidade. A
única coisa que nos juntava e a única coisa que nos juntou até hoje foi a Guiné-Bissau. Antes, o desígnio era a edificação da Guiné-Bissau. Hoje,
temos a Guiné. A minha questão para este filme é a que faço todos os dias: será que é essa a Guiné-Bissau que estou a sentir, que estou a ver e
a ouvir, pela qual lutámos?»
Sana Na N’hada documentou a guerra da independência. Posteriormente, o seu cinema seria construído num vaivém entre a memória da ocupação portuguesa, as lutas pela independência e uma meditação sobre a destruição das sociedades tradicionais da Guiné-Bissau - e, com elas, de um modelo ecológico em que o homem aceita os poderes de uma natureza à qual sabe pertencer.
Nome tem distribuição comercial em Portugal assegurada pela Risi Film, com estreia marcada para 2024.
Saber mais sobre o filme: aqui