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Lindo, de Margarida Gramaxo, estreia 10 de julho
LINDO é um olhar íntimo e humano sobre uma economia frágil, uma natureza em risco e um futuro que depende do diálogo entre tradição e mudança. Na Ilha do Príncipe, mudar é uma questão de sobrevivência.
Filmado integralmente na ilha do Príncipe, em São Tomé e Príncipe, entre 2016 e 2022, Lindo é a primeira longa-metragem de Margarida Gramaxo.
O filme conta a história de vida de Lindo (nome de “vulgo” de Manuel da Graça), que se cruza com o destino das tartarugas marinhas. Durante mais de 20 anos, Lindo caçou tartarugas no Príncipe como meio de subsistência, até que começou a colaborar com biólogos e a ver o animal de forma diferente. Atualmente, trabalha em conservação marinha e protege as tartarugas de outros predadores.
A partir da sua história traça-se um retrato da ilha - um olhar íntimo e humano sobre uma economia frágil, uma natureza em risco e um futuro que depende do diálogo entre tradição e mudança. O resultado é ainda uma ode à natureza: um filme contemplativo, imersivo, onde o ser humano e a natureza são retratados como partes de um mesmo ecossistema.
Apesar de contar uma história local, o filme propõe-se a contribuir para uma discussão global: até que ponto, e de que forma, podemos ou devemos condicionar a vida humana para proteger uma espécie em particular ou a natureza como um todo?
Lindo convida-nos a repensar as relações entre desenvolvimento, preservação e justiça social, num momento em que o discurso ecológico se torna cada vez mais central, mas também mais complexo. Ao dar rosto e voz a quem vive no terreno, o filme desmonta visões simplistas sobre o que significa “proteger a natureza”.
Um retrato profundo de como o futuro de uma ilha pode espelhar os dilemas do mundo.