Una sterminata domenica

Um Domingo Interminável

Estreia:

de Alain Parroni

Itália, Alemanha, 2023, 110', Classificação M/14, Drama

com Enrico Bassetti, Zackary Delmas, Federica Valentini, Lars Rudolph

Festivais e Prémios:

Festival de Veneza 2023 | Secção Orizzonti; Prémio da Crítica Internacional FIPRESCI; Prémio especial do Júri da secção Orizzonti

TIFF - Toronto International Film Festival 2023 | Secção Discovery

Festival Internacional de Cinema de Busan 2023

Torino Film Festival 2023

Festa do Cinema Italiano 2024 | Secção Competitiva

Prémios do Sindicato Italiano de Críticos de Cinema | Laço de Prata para Melhor Realizador Emergente
Tbilisi International Film Festival 2023
International Film Festival Mannheim - Heidelberg 2023 | Prémio do júri Ökumenischen
Mostra de Cinema Italià de Barcelona 2023

Ficha técnica:

Argumento Alain Parroni, Giulio Pennacchi, Beatrice Puccilli
Produção Fandango, Alcor, Art Me Pictures, Road Movies, Rai Cinema

Banda sonora Shirô Sagisu
Distribuição em Portugal Risi Film

A mais bela estreia da semana [...]
- Vasco Câmara, Público


Parroni toma a decisão ousada de renunciar aos padrões narrativos tradicionais para contar uma história de niilismo e rebelião na extrema periferia romana. O filme é uma experiência quase puramente sensorial, visual e musical que aspira a tornar-se o manifesto de uma geração perdida.

- Alberto Barbera, director do Festival de Veneza


Alain Parroni, revelado pela curta-metragem Adavede apresentada no âmbito da Semana Internacional da Crítica de Veneza, é um verdadeiro talento. Filma como um demoníaco sensual, extrai de cada plano uma poesia carnal que transborda de vitalidade e corteja o excesso sem medo. Há anos que não se via tal fúria cinematográfica nos ecrãs. [...]

- Giona A. Nazzaro, Rumore


Uma profunda necessidade de narrar um mal-estar geracional (...) traz para o ecrã o vácuo quase pneumático que sufoca os seus protagonistas.

- Giancarlo Zappoli, Mymovies.it


Entre uma capital quente de verão, o litoral e o campo, três jovens escrevem a sua própria história de amadurecimento.
- Alessandra Levantesi, La Stampa


Um Domingo Interminável é uma exploração visualmente cativante e intelectualmente estimulante das complexidades da juventude e da busca incessante da auto-descoberta. Atreve-se a desafiar e a provocar, e o realizador Alain Parroni não se detém.
- Film Inquiry


[...] rico no enquadramento de planos, no tratamento de luz, na direção de fotografia.

- Manuel Halpern, Visão


Todos eles parecem viver para o presente sem preocupações de maior quanto ao futuro, reféns dessa noção de um domingo interminável que não faz sequer vislumbrar a perspectiva do dia seguinte. Todavia, há algo que os preocupa e atormenta: o medo de envelhecerem.

- João Garção Borges, Magazine HD

Realizador e argumentista, Alain Parroni (Roma, 1992) é formado em artes gráficas e fotografia, tendo aprendido as principais técnicas do cinema de animação tradicional.

Em 2013, aos 18 anos, co-realizou um segmento do filme experimental de animação Aeterna, de Leonardo Carrano, exibido no MAXXI - National Museum of 21st Century Art de Roma em 2017.
Em 2015, o projecto experimental There’s only a moment conquistou Stefan Sagmeister no Concurso RUFA, promovido pela Rome University of Fine Arts.
No ano seguinte, apresentou o projecto IOV no Festival de Cinema de Roma, na secção Alice nelle città. Com Il miracolo (2016), recebeu a menção especial nos Prémios Nastri D’argento e a menção especial nos prémios do Sindicato Italiano de Críticos de Cinema.
O júri do Concurso RUFA 2016, presidido pelo designer Karim Rashid, premiou-o pelo trabalho casa ovunque, um projecto sobre os lugares e espaços onde cresceu, utilizando uma técnica de vanguarda em RV.
No ano seguinte apresenta a curta-metragem Adavede, da qual também é responsável pelo argumento.
Em 2023 faz a sua estreia como realizador de uma longa-metragem para cinema com Um Domingo Interminável, um filme pós- moderno de amadurecimento, produzido por Wim Wenders, que ganhou o Prémio Especial do Júri na secção Orizzonti e o prémio FIPRESCI no Festival Internacional de Cinema de Veneza.
Um Domingo Interminável integrou também o Festival Internacional de Cinema de Toronto, na secção TIFF Discovery, o Festival Internacional de Cinema de Busan e o Torino Film Festival.
Nos prémios do Sindicato Italiano de Críticos de Cinema venceu o Laço de Prata para Melhor Realizador Emergente.
Trabalhou como documentarista behind-the-scenes nos bastidores dos filmes Miss Marx (2020), Nico,1988 (2017) e Chiara (2022) de Susanna Nicchiarelli; Pinocchio (2019) de Matteo Garrone; Favolacce (2020) e America Latina (2021) de Damiano e Fabio D’innocenzo.

Nota de intenções

Para a minha geração, narrar a nossa adolescência e a nossa entrada na idade adulta é uma questão de linguagem. Contar a realidade em 2023 é um acto terno e pesado que implica lidar com as profundas ambiguidades, estereótipos e contradições da sociedade mediática em que crescemos.
Estamos contaminados: bombardeados por um refluxo de citações, uma aglomeração de imagens, uma simultaneidade de informações e emoções provenientes do cinema, da Internet e da fotografia de massas. Com o meu primeiro filme, espero levar o espectador a questionar as diferentes perspectivas e experiências colectivas que moldam a nossa visão do mundo. Cresci no campo, a 32 quilómetros de uma das cidades mais antigas do mundo, Roma; inundado por filmes de Hollywood, música pop e anime japonês transmitidos por estações de televisão generalistas, bem como por filmes de autores desconhecidos, descarregados de servidores remotos. Oferecer um olhar honesto exige questionar as linguagens e os meios de comunicação que as novas gerações estão a utilizar, bem como os seus valores em relação ao mundo que as rodeia. Para mim, Alex, Brenda e Kevin são a encarnação de um sonho de um adolescente ansioso que adormece com o smartphone na mão, em frente a uma televisão estridente.