Caro Diario

Querido Diário

de Nanni Moretti

Itália, 1993, 100', Classificação M/12, Comédia

com Nanni Moretti, Renato Carpentieri, Giulio Base, Antonio Neiwiller,

Festivais e Prémios:

Festival de Cannes
Melhor Realizador

Prémios David de Donatello
Melhor Música
Melhor Filme


European Film Awards
Prémio Fipresci


Premios Sant Jordi
Melhor Filme

Ficha técnica:

Realização & Argumento Nanni Moretti 

Fotografia Giuseppe Lanci 

Edição Mirco Garrone
Música Nicola Piovani
Produção Nella Banfi, Angelo Barbagallo, Nanni Moretti

Distribuição em Portugal Risi Film

Filho de professores, cresceu em Roma onde se tornou fã de waterpolo e de cinema. Foi para Bolonha para estudar cinema na DAMS e em 1973 realizou as curtas-metragens La sconfitta e Pâté de bourgeois. A sua primeira longa-metragem, Io sono un autarchico estreou em 1976 e foi bem acolhida também a nível internacional.
Realizador, actor e produtor de cinema, Moretti alcançou um inesperado êxito junto do público em 1978 com Ecce Bombo, apresentado no Festival de Cannes. Em 1981 estreou Sogni d’oro, que ganhou um Leão de Prata em Veneza nesse ano. Em 1987 fundou, com Agnelo Barbagallo, a Sacher Film, uma produtora de cinema que tinha como objectivo dar espaço a um cinema engagé realizado por novos autores. Em 1993 realizou Caro diario, filme constituído por três episódios de carácter autobiográfico, focados num estilo documental em que Moretti se interpretou a si mesmo. Obteve o prémio de Melhor Realizador em Cannes 1994.
A partir desse momento, acentuou-se o engajamento político de Moretti, coincidindo com a chegada do financeiro Silvio Berlusconi ao poder. Coordenou e produziu L'unico paese al mondo, curta-metragem de nove episódios dos quais realizou o último, que apresentava uma visão pessimista das eventuais consequências negativas de uma vitória da coligação de centro-direita liderada por Berlusconi.
Em 1998 surge Aprile em que Moretti tornava a interpretar-se a si mesmo e que coincidiu com o nascimento do seu filho e com as vésperas da vitória eleitoral da coligação de centro esquerda de Romano Prodi.
Em 2001 realizou O Quarto do Filho, filme que narrava as consequências que a morte acidental de um filho provoca numa família pequeno-burguesa. O filme ganhou a Palma de Ouro no Festival de Cannes.

Em 2002 converteu-se num dos porta-voz de um posicionamento crítico aos actores políticos, tanto os de direita no poder, como a oposição de centro-esquerda.
Em 2003 apresenta a curta-metragem Il grido d'angoscia dell'uccello predatore — Tagli d'aprile (El grito de angustia del ave depredadora — Recortes de abril), realizado a partir de fragmentos de Aprile.
Com Il caimano (2006), volta às longas-metragens. O personagem principal é inspirado por Silvio Berlusconi e estreou durante a campanha eleitoral para as eleições desse ano, gerando muita polémica.
Em 2008 actuou e escreveu para Caos calmo, de Antonello Grimaldi, adaptação do livro homónimo de Sandro Veronesi. Posteriormente, os seus filmes Habemus Papam (2011) e Mia Madre (2015) estiveram ambos em competição no Festival de Cannes.
Em 2018 estreou Santiago, Itália, um documentário acerca do Golpe de Estado Chileno de 1973 que derrubou o regime de Salvador Allende.