La Strada
de Federico Fellini
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Catálogo/s:
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Clássicos
Catálogo/s:
Itália, 1943, 113', Classificação M/12, Drama
com Anthony Quinn, Giulietta Masina, Aldo Silvani, Livia Venturini, Marcella Rovena, Richard Basehart
Gelsomina é uma rapariga pobre que é vendida pela sua mãe a Zampano, um artista ambulante, para o ajudar nos seus espetáculos. A Estrada venceu o Óscar de Melhor Filme Estrangeiro.
Uma parábola com notas musicais de um Charlot trágico. Aqui, Fellini trocou qualquer familiaridade com o neorrealismo pela fábula poética, inspirando uma das suas mais populares personagens, Gelsomina, nascida de uma caricatura de palhaço feita pelo realizador no seu bloco de notas.
A Estrada venceu o Óscar de Melhor Filme Estrangeiro.Nunca houve um rosto como o de Giulietta Masina. O seu marido, Fellini, dirige-a no papel de Gelsomina em A Estrada, o filme que estabeleceu o seu carisma internacional. Figura frágil e ingénua num mundo sem amor, Gelsomina é vendida pela mãe a Zampanò (Anthony Quinn), um saltimbanco forte e bruto que a leva para trabalhar com ele na sua vida de estrada, dando-lhe um número burlesco. Quando este encontra um velho rival, o artista que dá pela alcunha de “O Louco” (Richard Basehart), a fúria do homem musculado é provocada até ao ponto de rutura.
Festivais e Prémios:
Oscar
Nomeação - Melhor Guião Original (1954)
Melhor Filme de Língua Estrangeira (1954)
Festival de Veneza
Leão de Prata - Melhor Realizador (1954)
Prémios Bafta
Nomeação - Melhor Filme (1954)
Nomeação - Melhor Atriz (1954)
Bodil Awards
Associação de Críticos de Nova Iorque
Melhor Filme Estrangeiro (1954)
Sindicato Nacional de Críticos Italianos
Ficha técnica:
Argumento Federico Fellini, Ennio Flaiano, Tullio Pinelli
Fotografia Ortello Martelli
Edição Leo Cattozzo
Música Nino Rota
Produção Dino De Laurentiis, Carlo Ponti
Nasceu em janeiro de 1920, e ficou conhecido pelo estilo peculiar que funde fantasia e imagens barrocas. É considerado uma das maiores influências e um dos mais admirados realizadores do século XX. Cresceu em Rimini e, como tal, as suas experiências de infância vieram a ter uma parte vital em muitos dos seus filmes, em particular em "I Vitelloni", de 1953; "8½" (1963) e "Amarcord" (1973). Durante o regime fascista de Mussolini, Fellini e seu irmão, Riccardo, fizeram parte de um grupo fascista que era obrigatório para todos os rapazes da Itália: o "Avanguardista". Ao mudar-se para Roma em 1939, conseguiu um trabalho bem remunerado, escrevendo artigos num semanário satírico muito popular na época: o Marc’Aurelio. Foi nesse período em que entrevistou o renomado ator Aldo Fabrizi, dando início a uma amizade que se estendeu para a colaboração profissional e um trabalho em rádio. Numa época de alistamento compulsório desde 1939, Fellini sem dúvida conseguiu evitar ser convocado usando de artifícios e truques de grande perspicácia. Conheceu sua esposa Giulietta Masina em 1942, casando-se no ano seguinte, a 30 de outubro. Assim começa uma grande parceria criativa no mundo do cinema, a começar pelo "La Strada" de 1954. Com uma combinação única de memória, sonhos, fantasia e desejo, os filmes de Fellini têm uma profunda visão pessoal da sociedade, não raramente colocando as pessoas em situações bizarras. Existe um termo "Felliniesco" que é empregado para descrever qualquer cena que tenha imagens alucinógenas que invadam uma situação comum. "La Dolce Vita" de 1960 é considerado uma das obras-primas de Federico Fellini, juntamente com "8½" e "Amarcord". O filme é uma crítica aberta à sociedade romana do pós-guerra, retratando uma instituição decadente e hedonista, marcada pela superficialidade e incomunicabilidade, temas desenvolvidos ao longo do filme. Foi considerado um dos 1000 melhores filmes de todos os tempos pelo The New York Times. Fellini também escreveu textos para programas de rádio e textos para filmes (mais notavelmente para Rossellini, Pietro Germi, Eduardo De Filippo e Mario Monicelli); escreveu ainda inúmeras anedotas, muitas vezes sem crédito, para conhecidos comediantes como Aldo Fabrizi. Uma fotonovela de Fellini chamada "Uma Viagem para Tulum" foi publicada na revista Crisis, com arte de Milo Manara e publicada como gibi pela Catalan Communications, no mesmo ano. Em 1993, recebeu um Oscar de Honra em reconhecimento das suas obras que chocaram e divertiram audiências pelo mundo fora. No mesmo ano, em outubro, Fellini morreu de ataque cardíaco em Roma, aos 73 anos (um dia depois de completar cinquenta anos de casado). A sua esposa, Giulietta, morreu seis meses depois, com um tumor no pulmão. Giulietta, Fellini e Pierfederico estão enterrados no mesmo túmulo de bronze esculpido por Aldo Pomodoro. Em formato de barco, o túmulo está localizado na entrada do cemitério de Rimini – a sua cidade natal.